sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Elizabethtown



E porque há filmes que nos tocam...
Este filme comecei a vê-lo porque não tinha mais filmes interessantes na altura que me interessassem. E com o tempo apercebi-me da pérola que tinha à minha frente. Um pouco da história: Drew (Orlando Bloom) está a ter um dia péssimo. Não só é despedido por ter feito um producto que leva a firma onde trabalha a perder biliões de dólares, como recebe a notícia da morte do seu pai, de quem ele tinha se distanciado nos últimos anos. É então incumbido pela mãe de ir buscar o corpo do pai à sua terra natal (adivinharam: Elizabethtown), para ser cremado e trazido para onde ele vivia actualmente. Mas essa viagem que era só um adiar das suas próprias intenções (de se suicidar depois), tornou-se numa viagem de (re)descoberta da vida e do amor. É um filme intenso, e ao mesmo tempo engraçado e adorável. Pessoalmente, a minha parte favorita, é a partir do momento que ele e Claire se conhecem. Adorei como ficaram uma noite inteira ao telefone, conversando sobre tudo e nada. E depois decidem encontrar-se a meio-caminho, nunca largando o telemóvel, e vão ver o Sol nascer. Mas principalmente a última parte do filme, que ela lhe dá um mapa para ele fazer a viagem de volta para casa, de carro, com o pai (viagem essa que eles tinham combinado fazer anos atrás). Mapa esse que tinha sido planeado ao pormenor. Com Cds para cada troço do caminho, fotos, frases... Foi adorável e gesto, e principalmente como termina. Mas aí têm de ver o filme, também não posso contar tudo!! Eheh! 
E acabamos por pensar: Primeiro, amores assim são raros e devemos agarrar. Depois, é muito fácil adiarmos as coisas. Acabamos por deixar de passear ou viajar com quem queremos, pois pensamos sempre que o amanhã existe. E depois é tarde demais... Mas principalmente, antes de conhecermos seja quem for, temos de nos conhecer a nós próprios. De termos tempo para estarmos sozinhos, de nos redescobrirmos e reencontrarmos. Só assim temos clareza suficiente para vivermos plenamente.
é, hoje estou muito filosófica.............  ;-p
Bom fim de semana.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Outro dia de São Valentim...


Mais uma data comemorativa que se aproxima: o "dia dos namorados". A data menos romantica do ano! Yep, leram bem: menos romantica. Ora pensem bem: já repararam nos pobres homens nesse dia? Andam que nem zombies, para ver se compram as rosas da praxe (que nesse dia aumentam consideravelmente de preço), ou uma caixinha de chocolates, ou claro, um peluche com um coração. E fazem-no por obrigação, pois a data assim o exige. E isso é romantico?? Nop. Nada do que seja feito por obrigação é romantico. Eu então já deixei bem claro ao meu namorido que nesta data, ele que se livre de me trazer flores! É o único dia que está absolutamente proibido de me trazer qualquer tipo de flor!! Aliás, até prefiro que não me dê nada, a ver o malfadado ramo entrar portas a dentro nesse dia, lol. E porquê? Bolas, porque é a saida mais fácil. Nesse dia o importante não é receber uma prenda. O importante é o gesto, o sabermos que a pessoa pensou em nós, que imaginou algo que gostássemos. Até pode nem ser um objecto, pode ser uma surpresa, um poema, algo desse género. Se nos oferecem algo "tradicional", acaba por ser algo sem valor...
Por isso, se ainda não se decidiram, ainda vão a tempo. Mas sejam originais, ok??  :-)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Imbolc


E eis que chega Imbolc. O dia da minha Deusa Brighid (ou Brigid, Brigit...). E digo "minha Deusa" porquê? Bem, não sei explicar muito bem o motivo, nestas coisas ou sentimos ou não, e foi o que aconteceu comigo. Desde há uns meses para cá, que tenho vindo a sentir uma enorme afinidade com esta Deusa. Também é conhecida como Saint Brigid of Kildare, pois este sabath começou na "minha" Irlanda, e lá há também um mosteiro com o fogo eterno de Brighid. Mas vamos a um pouco de história...  ;-p

Imbolc ocorre seis semanas após o Yule (ou Natal), simblizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e a sua transformação em donzela jovem e cheia de vigor. A Igreja Católica aproveitou o antigo significado pagão e transformou esta data na festa da Candelária, a purificação de Maria. A própria Deusa Brighid foi cristianizada como Santa Brigida e o seu santuário foi transformado num mosteiro de freiras. Brighid era uma Deusa tripla regente da inspiração (arte, criatividade, poesia e profecia), da cura (ervas, medicina, cura espiritual e fertilidade), e da metalurgia (ferreiros, ourives e artesãos). Por ser uma Deusa do Fogo, era homenageada com fogueiras, rodas solares, coroas de velas e rituais que despertavam ou activavam o Fogo Criador. Na véspera do ritual, todos os fogos e luzes da casa são apagados em honra de Brighit e são acesos no dia seguinte, na aurora, a partir da tocha que representa a Chama Sagrada de Brighit. Trata-se de um belíssimo ritual, já que é costume que esta tocha seja acesa pela pessoa mais jovem da casa. 

Na maioria das Tradições da Wicca, nesta data, são feitas as Iniciações dos novos adeptos e as Confirmações das Sacerdotisas. Por ser Brighid uma Deusa da cura, padroeira das Fontes Sagradas, ela era invocada nos rituais de purificação e cura, sendo reverenciada nas Fontes a ela consagradas. Até hoje, em certos lugares da Grã-Bretanha e Irlanda, as pessoas amarram fitas ou pedaços de roupas nas árvores próximas às antigas Fontes Sagradas, actualmente dedicadas a Maria ou às santas católicas, orando para obter a cura de seus males. 

A atmosfera deste festival é marcada pelo despertar das sementes, dos novos planos e novos projectos, pela iniciação num caminho espiritual ou em novas oportunidades, pela aceleração e renovação das energias, pela purificação e pelo renascimento material ou espiritual, pela busca de presságios e pela preparação para sua realização.