segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Falsos amigos.


Se há coisa que me chateia e que acho desnecessária, são as falsidades. Sabem aquelas pessoas que "são" muito boazinhas, e que "gostam" de toda a gente, e que nunca desejam mal a ninguém...? Pois, essas. Quanto mais o tempo passa, mais me irritam. Ou talvez seja a idade. É que já não estou para aturar esse tipo de coisas, simplesmente desligo logo e pronto. Como dizia o outro: "Certinho, direitinho!".
A ultima que conheci foi minha amiga (achava eu) durante uns 6 anos, mais coisa menos coisa. Conheci-a no dia dos meus anos. Depois comecei a encontrá-la esporádicamente, cedo descobrimos que morávamos perto uma da outra, que ambas adoravamos Dobermanns, e começámos a estar juntas todos os dias. Eu tinha carro, ela não. Então eu ia buscá-la a casa todos os dias, e íamos dar uma volta. Não me arrependo disso, claro, mas depois algumas coisinhas poucas começaram a acontecer que me deveriam ter aberto os olhos mais cedo, mas preferi ignorar.
Ela era (e é) o tipo de pessoa que tem de ter atenção masculina. Nas mulheres não confia, mas um homem pode dizer-lhe seja o que fôr, que ela acredita sempre, pois o coitadito não teria razões para lhe mentir, e tudo o que lhe diria era para o bem dela. Já se fosse uma mulher a lhe dizer fosse o que fosse, era certamente para a afastar deste ou daquele homem, ou para ela parecer feia, por inveja. Note-se que ela é loira (até na cor do cabelo é falsa), e claro que alguns homens tem o fetiche por loiras. Bem, gostos não se discutem, a questão aqui não é essa. Mas alguns parece que vêem uma loira e esquecem que têm cerebro, é impressionante.
Os anos passaram, e eu ia percebendo algunas indirectazitas. Eu sei, mea culpa, eu devia ter feito algumas coisas de maneira diferente. Mas eu nunca queria aborrecimentos, nunca queria zangas, e fui engolindo sapos. Silly me. Parvoíce. Mas foi o que fiz.
Mais tarde vim a descobrir que desde muito cedo ela criticava-me aos nossos amigos, porque eu vestia-me desta maneira e usava o cabelo daquela maneira... Coisas assim. Para ela parecer a melhor. E aí eu fartei-me. Chega! As coisas já não andavam bem, e sinceramente eu entretanto casei, mudei de casa, tive uma filha... As prioridades já não eram as mesmas. Eu saí à noite com ela todos dos sábados durante 3 anos! TODOS! Mas ela não compreendia como eu agora já não achava importante sair, porque raio preferiria passar um sábado em casa com o meu marido. Claro, ela sempre me usou para segurar vela, a vela deixou de existir, pronto... O caldo entornou-se.
Bem, isto tudo porque hoje apercebi-me também que por vezes as amizades aparecem de onde menos se espera. Por vezes estamos em baixo, e recebemos uma palavra amiga ou um gesto simpático de pessoas que até nem pensaríamos que o fizassem. E também percebemos que há pessoas que mesmo longe, e não falando conosco sempre, serão sempre amigos fiéis, e nós acabámos por nos afastar um bocado por causa destas pessoas falsas que nunca mereceram o nosso tempo, quanto mais a nossa amizade... É a vida, e só temos de saber fazer as nossas escolhas, esperando faze-las sempre bem. E quandoas escolhas não são assim tão boas... bem, é aprendermos com os nossos erros e seguirmos em frente.

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